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Essa, geralmente é a fala de quem está sendo acometido por sensações aflitivas e pensamentos automáticos disfuncionais a respeito de si mesmo e das circunstâncias a sua volta.

           Sem nenhum aviso, a pessoa pode começar a apresentar sintomas de ansiedade como: tontura, fôlego curto, aumento nos batimentos cardíacos, desorientação e mãos suando frio.  Persistindo os sintomas, a mesma busca ir ao hospital, por conta da falta de ar e coração batendo rápido demais. Enquanto espera muitas das vezes ser atendida, os sintomas vão desaparecendo, o médico a examina e fazendo alguns exames, os mesmos dão resultados negativos, dizendo que não havia nada de errado.  Mas o que será que aconteceu?  A pessoa se questiona e pensa em se tratar apenas de um mal estar, volta pra casa e tudo fica bem. Todavia algo começa a acontecer, e de repente volta a perder o fôlego com frequência, sempre que exposta a situações minimamente estressantes. Diante desse evento, começa a se restringir, perdendo a vontade de fazer as atividades que normalmente fazia, acreditando que os sintomas podem ocorrer novamente. Isso tudo pode parecer muito estranho, mas não é algo incomum, pois, muitas pessoas vêm sendo acometidas desses sentimentos e reações físicas.

            O que está ocorrendo nada mais é do que um transtorno de pânico, sim isso mesmo. Segundo Leahy, R. (2011, p.73) como todos os transtornos de ansiedade o transtorno de pânico tem suas origens em nossa história evolutiva, sendo que os medos em que ele se funda foram, em algum momento sendo construídos.

Algumas técnicas, utilizamos a fim de aplicar ao paciente que passa por isso:

– Psicoeducação: paciente precisa aprender do assunto, saber o que está acontecendo com ele à luz da ciência.

– Respiração diafragmática: ensinar esse tipo de respiração, uma vez ela sendo aplicada por esse paciente regularmente, as crises irão gradualmente sendo amenizadas. A respiração diafragmática restabelece o equilíbrio natural em sua corrente sanguínea.

– Hierarquia do medo: listar as situações, da menos a mais provocadora de ansiedade e identificar seus pensamentos, sentimentos e sensações.

– Identificar os comportamentos de segurança: qual comportamento tem usado para se sentir mais seguro.

            Ao longo da terapia as intervenções realizadas se estendem em outras também, de acordo com a necessidade que é apresentada. É importante frisar que, ninguém morre de pânico, a pessoa que está passando por isso precisa entender que há um tratamento possível para ela, e que o medo que sente de passar mal ou o pior acontecer pode ser trabalhado em terapia, e com resultados positivos.

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