Pode parecer ficção cientifica, mas a Realidade Virtual é uma tecnologia que vem sendo estudada há mais de 20 anos e tem demonstrado resultados surpreendentes em várias áreas. Sem dúvidas, uma das aplicações mais interessantes para a Realidade Virtual é na Psicologia.
Os problemas emocionais são muito heterogêneos. Dificilmente uma pessoa apresenta exatamente os mesmos sintomas que outra. Por esse motivo, os tratamentos devem ser diferentes, levando em conta diversos fatores. A Realidade Virtual pode proporcionar toda essa variedade, além do acompanhamento das respostas fisiológicas e evolução do quadro em cada sessão.
Entre os possíveis tratamentos estão os de estresse e ansiedade com sessões de relaxamento, respiração e mindfulness e os de fobias, como medo de avião, de altura, de dirigir, de agulhas, de animais (como cachorro, baratas e aranhas), de falar em público, fobia social, claustrofobia, síndrome do pânico entre outras. Além de depressão e distúrbios alimentares. Os resultados são pesquisados pelas maiores universidade do mundo todo. A explicação é simples. A Realidade Virtual proporciona uma imersão tão real, que seu efeito no cérebro do paciente é praticamente o mesmo de um acontecimento no mundo real.
Porém, o paciente é exposto de maneira gradual com total controle do psicólogo sobre os estímulos de acordo com as respostas fisiológicas de estresse, identificas por sensores de biofeedback colocados nos dedos do paciente. Em caso de medo de avião, por exemplo, o paciente pode simular uma viagem a qualquer lugar do mundo desde a saída de casa, o caminho ao aeroporto, sala de espera, embarque, decolagem e qualquer outra situação que o paciente poderá enfrentar em uma viagem de avião. O psicólogo pode aumentar ou diminuir os estímulos dependendo das repostas imediatas do paciente, intercalando com exercícios de relaxamento e respiração. Ao final de cada sessão, o paciente pode ver o gráfico de todas as respostas fisiológicas em cada etapa do tratamento.
É preciso lembrar que o tratamento com Realidade Virtual é uma ferramenta para a terapia. O sucesso do tratamento depende da dedicação e persistência do paciente, apesar de os resultados comprovados cientificamente apontarem ser um método muito eficaz.
Outro ponto em se levar em conta, é que pode haver um pequeno mal-estar, como enjoo. Porém a porcentagem de pessoas que não se sentem bem com os óculos é muito pequena. Aproximadamente 0,025%.
Apesar de parecer fácil e acessível, o equipamento é desenvolvido para uso exclusivamente de psicólogos em âmbito terapêutico, com certificação e treinamento na técnica. Uma fobia, por exemplo, pode ter várias raízes e cabe ao psicólogo diagnosticar e direcionar o melhor tratamento. Sendo assim, não é possível fazer o tratamento a distancia ou por conta própria.
Coordenadora e psicóloga Clínica no Espaço Camila Ferreira.
Atua na abordagem Cognitiva Comportamental realizando atendimentos individuais e em grupos.
Atua no controle de estresse e ansiedade.
Trabalha desenvolvendo projetos para empresas e instituições.