Antes de começar o texto gostaria de deixar bem claro que apesar do meu amor pelos gatos não estou aqui para fazer apologia aos bichanos, estou sim aqui para mostrar os benefícios que esses pets trazem para nossa saúde, também irei escrever sobre os cães e outros pets, mas agora a vez é dos gatinhos.
Começo o texto dizendo sobre amor e ódio, pois são esses os sentimentos que os gatos despertam, nenhum bichano desses passam despercebidos aos nossos olhos, dificilmente você conhecerá alguma pessoa que passará por um gato sem esboçar algum sentimento seja repudia ou carinho.
Desde o Egito antigo eles são famosos, naquela época esses pequenos eram venerados como deuses, por ajudar os antigos egípcios a combater um de seus piores inimigos, os roedores, ganhando assim uma atenção muito especial. Basta ver os diversos desenhos nas pirâmides e estatuas em adoração a Deusa Bastet, uma mulher com cabeça de gato que simboliza a fertilidade, o prazer, a música e o amor. Além de Bastet, as duas principais divindades egípcias – Ra, deus do Sol e Isis, a deusa da vida, também apresentavam traços felinos.
“O tempo gasto com gatos nunca é tempo perdido” – Sigmund Freud
Passar um tempo com gato, seja esse tempo longo ou curto é extremamente reconfortante chegando a um elevado nível terapêutico, já dizia Freud. Acariciar um gato é uma ação calmante e seu ronronar (aquele barulho que os gatos fazem quando estão ganhando carinho) pode trazer melhora em sua saúde de várias formas, veja esses dados abaixo:
1 – Foi provado que interagir com um bichano (ou com qualquer outro animalzinho) ajuda a diminuir a pressão sanguínea. Não é por menos que um estudo recente mostrou que donos de gatos tem 40% menos chances de terem um ataque cardíaco.
2 – As vibrações provocadas pelo ronronar ajudam a curar infecções e a diminuir o inchaço.
3 – As mesmas vibrações podem ajudar a fortalecer nossos ossos! Uma análise, publicada em 2006 pela Scientific American, mostra que gatos não ronronam apenas por prazer, mas também quando estão em uma situação que consideram difícil ou machucados. E o ronronar promove uma recuperação mais rápida dos ossos quebrados. A sugestão é que essa frequência pode fazer o mesmo por humanos.
4 – O ronronar também ajuda a aliviar a dispneia – sensação incômoda de falta de ar, como se a respiração estivesse incompleta.
Em uma sociedade como a nossa uma dose de “egoísmo” é muito bem vinda, venho percebendo ao longo desses anos como Psicóloga que as pessoas confundem egoísmo com amor próprio. Olhar para si mesmo, fazer algo que gosta, dizer não para os outros ou para alguma coisa que não lhe agrada é chamado de egoísmo, então sim precisamos de uma dose de “egoísmo”, se isso for.
Diferente dos cachorros esses pequenos bichinhos não pertencem a ninguém além de si mesmos, um certo “egoísmo” digamos saudável, eles tem um amor que não é dependente, mas absolutamente fiel. Eles vão nos amar, nos defender e nos respeitar como se fossemos da mesma espécie.
Estamos vivendo em um mundo onde precisamos agradar o outro para sermos notados, onde a doação ao outro deixou de ser saudável e passou a ser obrigação. Temos dificuldade em por limite nas pessoas, em dizer não para aquilo que não queremos, confundimos o que é nosso e o que é do outro com a maior facilidade. Os felinos veem nos mostrar os limites, o que pode ou não, até aonde podemos chegar e tente ir além desses limites para ver o que acontece, com a maior sutileza ele lhe mostra as garras pontuando aonde é o seu espaço.
Gatos são excelentes companhias para crianças e idosos, são excelentes amigos para aprender a viver todos os dias. Em um certo momento ganhei de uma paciente querida o livro Bob um gato fora do normal, é a história real de um morador de rua da cidade de Londres que encontra um gato amarelo machucado e a partir desse momento sua vida começa a mudar, um livro emocionante que mostra como esses bichinhos, no geral assim como outros bichos, podem mudar nossa vida, vale a pena a leitura.
Para crianças com necessidades especiais esses bichinhos tem muito para ensinar, como amor, limites, cuidados, etc, para quem tem interesse existe um livro maravilhoso que fala sobre uma criança autista e o quanto o gato mudou sua vida, um livro escrito pela mãe dessa criança. FRASER e BILLY – Como o amor de um gato mudou para sempre a vida do meu filho autista.
Uma vez li em um texto a seguinte frase: “os gatos incomodam muito. Eles jogam na cara de muita gente o que seria uma vida coerente aos próprios propósitos e ao mundo. Chegam como querem, quando querem e se assim o fazem, trazem consigo todo o afeto. Quando insatisfeito, vão embora. Quer brincar? Brinca. Se não quer, ele brinca sozinho. Me ofereceu comida – Oba!, não ofereceu ele vai procurar. Não passa fome jamais”.
É muito difícil lidar com um gato, não é para qualquer um, mas qualquer um pode aprender com ele, basta deixarmos aprender. Assim como é muito difícil lidar com as pessoas independentes porque elas nos mostram aquilo que deveríamos estar fazendo. Pessoas independentes vivem bem sozinhas (quando assim decidem), porque são bem resolvidas, porque se encontraram consigo mesmas e não dependem de ninguém para ser feliz, não colocam no outro a responsabilidade de sua felicidade. E quando se relacionam, somam! Pessoas bem resolvidas, assim como os gatos são amadas ou odiadas e quando amadas nos ensinam muito.
Meu nome é Camila Ferreira sou psicóloga Clínica com ênfase na abordagem psicanalítica.
Atualmente venho atendendo adultos de forma on-line no Brasil e exterior, presencialmente no Espaço Camila Ferreira na cidade de Atibaia e Bragança Paulista.
Conto com mais de 10 anos com a experiência em saúde mental e orientação familiar. Desenvolvo projetos para clinicas, hospitais, escolas e empresas.
Acredito que podemos criar um mundo melhor através da diminuição do sofrimento humano. Coloco-me a serviço deste princípio em todas as dimensões da minha vida.