Parece comum ou natural o ato de julgar o outro, e também a si! Pode até ser comum, mas não saudável para nós mesmos julgar as outras pessoas. O ato de julgar tem muito de nós mesmos, particularmente do lado frágil ou dos chamados “defeitos”. Como assim? Cada um de nós tem suas experiências e vivências individuais.Sejam elas boas ou não, são importantes para a construção de nossa subjetividade e amadurecimento. Isso quando esse processo acontece de maneira “natural” sem traumas e/ou rompimentos do funcionamento emocional. Na maioria das vezes, os julgamentos são feitos para apontar os comportamentos negativos do outro.
Por exemplo, quando julgamos o outro em sua maneira agressiva, grosseira, arrogante folgada de ser, temos que olhar para nós mesmos e pensar: estamos falando do outro ou de nós mesmos? Todo mecanismo de defesa é uma estratégia que as pessoas usam, sem perceber que estão fazendo isso, a fim de protegerem-se de coisas que realmente não dão conta de lidar ou pensar, o que traz certo alívio aos sentimentos de culpa.
Quando usamos a projeção como um mecanismo de defesa ao julgar o outro com pensamentos desagradáveis, sentimento ou qualidades que dizemos pertencer a ele, possivelmente estamos falando de nós mesmos, das atribuições negativas que não enfrentamos e às quais não demos os devidos olhares e atenção que deveriam ser dados. Somos capazes de condenar os sentimentos que encaramos como inaceitáveis sem atribuir essas qualidades indesejáveis para nós mesmos, projetando-os nos outros.
Para que esse mecanismo perca sua força, se faz necessário perceber e enfrentar esses sentimentos e pensamentos conflitivos, ao invés de projetar (julgar). Só que muitas vezes não nos damos conta disso ou, mesmo percebendo, não conseguimos lidar sozinhos com essas situações.
O profissional da psicologia ajudará no movimento de acolher e escutar aquilo que apontamos no outro, e pode nos auxiliar na descoberta das razões pelas quais o fazemos, para que possamos reconhecer quando estamos a usar esse mecanismo de defesa, seu grau de comprometimento de nossa saúde emocional e o que podemos fazer com nossas projeções.
Atua na área da psicologia Clínica com enfoque na abordagem Psicanalítica onde atende adolescentes, adultos e idosos. Faz atendimentos on-line e presencial.
No Espaço Camila Ferreira atende nas duas unidades (Atibaia e Bragança Paulista).