Nesse momento muitos pais devem estar com esse questionamento em seu pensamento e sem saber como agir diante da primeira grande frustração de seu filho.
E se perguntando: O que faltou? Onde falhei? O que ele fará agora?
É natural que os pais se preocupem com o insucesso de seus filhos, porém é importante que não se responsabilizem e sim ajudem o jovem a entender as causas que levaram a esse resultado.
Na grande maioria dos casos a não aprovação se dá pelo descontrole emocional que pode causar no jovem, no momento da prova, sintomas físicos como: sudorese, palpitação, tremor, agitação motora e sintomas emocionais como insegurança, pensamentos negativos, ansiedade, entre outros.
O descontrole emocional pode causar os famosos “brancos” durante a prova, o conteúdo some da mente, o raciocínio se quebra deixando a questão sem sentido, levando o jovem a ter que reler muitas vezes a mesma questão aumentando os sintomas emocionais e físicos.
Devemos lembrar que o jovem se preparou durante cerca de 12 anos para esse momento, e nos últimos 3 anos esse assunto VESTIBULAR é recorrente, a pressão aumenta, se estuda exclusivamente para alcançar sucesso nessa temida prova e além da autoexigência vem as exigências externas: pais, professores, escola/cursinho, amigos, família e sociedade.
Os pais preocupam-se com o preparo intelectual escolhendo as melhores e mais conceituadas escolas para preparar seus filhos quando diante de uma dificuldade escolar contratam professores particulares.
Mas a pergunta é: Os pais preocupam-se com o preparo emocional de seus filhos? Acolhem? Os escutam?
Na maioria dos casos de insucesso a resposta infelizmente é NÃO!
E o pior é que contribuem com o descontrole fazendo mais pressão cobrando, exigindo resultados e esquecendo de se colocar no lugar de seus filhos.
Temos uma geração de pais muito ocupados e que estão substituindo afeto e acolhimento por controle e exigência, gerando afastamento, insegurança e ansiedade.
O que o jovem precisa nesse momento tão decisivo de sua vida?
– Acolhimento dos pais com uma escuta ativa, amorosa e genuinamente preocupada
– Orientação sobre seu futuro dividindo sua história com ele e o levando a reflexão que ele está construindo sua história e os pais o apoiarão em suas decisões
– Encorajamento com palavras positivas e compaixão caso não tenha sucesso
– Ajudá-lo na organização de seu tempo, de sua alimentação, do descanso, de estudo
– Escutar suas dores e inseguranças sem julgar
– Não os compare com os irmãos, com os primos, amigos, cada indivíduo é único
– Lembre seu filho que será sua primeira experiência, que é jovem e que pode tentar muitas vezes e cada um escreve a sua história
– Caso o insucesso aconteça diga que se frustrar faz parte do aprendizado e que terá mais experiência na próxima tentativa
– Faça-o refletir sobre os fatores que podem ter contribuído para a reprovação
– Ofereça a seu filho apoio psicológico para ampará-lo nessa fase tão importante
A aprovação chega no momento certo para cada jovem, ela acontece quando se dedicam, se controlam emocionalmente e acreditam em seu potencial, principalmente quando são apoiados pelos pais.
Acreditem em seus filhos e digam isso a eles!
Formada há 21 anos pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Atuou durante 16 anos em empresas nacionais e multinacionais na área de Recursos Humanos concomitante com o consultório.
Atua como Psicóloga Clínica com enfoque na abordagem Cognitiva Comportamental atendendo pré adolescentes, adolescentes e adultos. Faz orientação aos pais de crianças com necessidades especiais.
Trabalha com orientação Vocacional e Profissional individual e em grupo. No Espaço Camila Ferreira vem atendendo na unidade de Atibaia.