É cada vez mais frequente as notícias de casos de suicídio entre adolescentes. As causas são muitas mas minha intenção com esse texto é alertar e conscientizar para a prevenção.
Temos que dar foco na relação, sim na qualidade da construção da relação.
Pergunta aos pais de adolescentes: Quando foi sua última conversa com seu filho(a)?
Não digo de conversas sobre notas, desempenho, deveres… e sim daquelas conversas construtivas, as que enchem o coração, aquelas que fazem com que vocês pais se orgulhem da educação, valores e princípios que plantaram nesse terreno fértil e que hoje brotam como: empatia, compaixão pela dor do outro, coleguismo, foco, altruísmo…
Aquelas conversas, muitas vezes sem hora marcada, em que vocês pais compartilham suas experiências com seus filhos, mostram a eles que também tem limites, que não são invencíveis e nem tem superpoderes como seus filhos imaginavam e acreditavam na infância.
Aquelas conversas onde vocês pais ouvem seus filhos, ouvem seus anseios, projetos, medos, inseguranças, projetos para salvar a humanidade, relacionamentos…
Aquela conversa que aproxima, desenvolve intimidade, constrói pontes!
Rotular, comparar, criticar, subestimar não cria pontes e sim muros. Muros distanciam, segregam, isolam e eu sei que não é isso que você quer para seu filho, afinal seu filho é um projeto que tem que dar certo!
Esse projeto dará certo sim, mas também depende de vocês, adolescência nada mais é que um ensaio para a maturidade, para a individualidade. E ter por perto pais que confiam, provocam, acreditam no potencial de seus filhos e que dão colo quando necessário facilitará esse sucesso.
É urgente a necessidade de (re)conhecer seu filho, ele é um indivíduo único, ímpar e que vai se construindo pelas suas vivências, observações, erros e acertos. Como você! Lembra, você também foi adolescente um dia!
É hora de aproximar e não afastar, é hora de acolher e não criticar, é hora de reconhecer a individualidade e não comparar.
Interesse-se pelos interesses de seus filhos, aproximem-se de seus amigos, ofereçam suas casas para as festas, conversem sobre sexualidade, drogas, política, carreira, família…
Reconstrua sua relação, seu filho (a) cresceu! Crie uma ponte de amizade e comunicação e não muros!
Formada há 21 anos pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Atuou durante 16 anos em empresas nacionais e multinacionais na área de Recursos Humanos concomitante com o consultório.
Atua como Psicóloga Clínica com enfoque na abordagem Cognitiva Comportamental atendendo pré adolescentes, adolescentes e adultos. Faz orientação aos pais de crianças com necessidades especiais.
Trabalha com orientação Vocacional e Profissional individual e em grupo. No Espaço Camila Ferreira vem atendendo na unidade de Atibaia.